Depois do conserto da sua visão embaçada em 1993, o telescópio espacial Hubble mandou lindas e cientificamente valiosas imagens que se tornaram a melhor publicidade para a Nasa. A mais colorida e tangível justificativa para a agência gastar bilhões de dólares em empreendimentos não tão glamurosos como a estação espacial internacional, os robôs de Marte, Spirit e Opportunity, e a sonda Cassini, que orbita Saturno.
No passar dos anos, desde o desenvolvimento ao lançamento de missões para consertá-lo, o Hubble custou em torno de 10 bilhões de dólares. Se tudo correr bem, segunda-feira (11/05/2009), será lançada a Atlantis cuja missão será dar ao Hubble sua última grande atualização, que custou 1,1 bilhões de dólares.
Os riscos são grandes. Por causa da altitude do Hubble (cerca de 580 km), se a Atlantis foi avariada de modo irreparável, a tripulação não poderá chegar até a estação espacial internacional (cuja altitude média é de 340 km). Um segundo ônibus espacial, o Endeavour, está pronto para lançamento, caso este improvável evento de resgate seja necessário. Entretanto, nenhuma outra missão foi planejada de maneira tão meticulosa quanto esta, dizem os cientistas.
Se for bem sucedida, o Hubble vai ser mais poderoso do que nunca. Os astrônomos esperam ver mais longe no universo, revelando novos segredos do universo nos seus primeiros momentos. Se a missão falhar, o Hubble logo será um grande pedaço de lixo espacial.
Fonte: Livescience