Carros elétricos devem ser mais barulhentos?

O ronco já fez muitos humanos migrarem para o sofá, mas o das máquinas parece ter resolução ainda mais complexa. No Japão, as autoridades se reúnem para discutir se os carros híbridos, como o Toyota Prius acima, devem ser silenciosos no arranque, ou não.

É sabido que veículos com tração elétrica são, engenhosamente, silenciosos. Para muitos, isso é um alívio dos sentidos, visto que diminui as poluições sonora e ambiental num mesmo motor. Mas, órgãos públicos do país nipônico defendem que a falta de ruídos traz um grande risco à integridade física dos deficientes visuais.

Quando carros no modo elétrico estão em velocidade baixa, os cegos não conseguem escutar barulho algum. Assim, eles perdem a referência dos limites da calçada e sofrem perigo na hora de atravessar, alegam as entidades.

O governo japonês, agora, pretende se reunir com representantes de coligações de cidadãos com deficiência visual, consumidores, polícia e indústria automobilística para discutir o dilema, segundo notícia da Agence France-Presse.

Uma das soluções viáveis das montadoras japonesas, quem sabe, esteja na técnica da Lotus de imitar os sons de outros carros. O sistema de engenharia teria a capacidade de recriar o som original do automóvel, como por exemplo, fazer com que um Opala V8 seja silencioso, ou com que um ecológico Honda FCX Clarity tenha som de um violento motor à combustão.

Ao que parece, o sistema detecta a posição da válvula reguladora de pressão e combina com os dados do sensor de velocidade por meio de um controle que envia os sons a um amplificador de 300W no nariz do carro. Os engenheiros garantem que é realístico. E seguro.

Fonte: Info

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